Aprofundar uma nova definição de “museu”, será um dos momentos relevantes das próximas Jornadas da Rede de Museus do Algarve, a ter lugar a 18 de novembro, em Albufeira, no Auditório Municipal. Esta terceira edição vai juntar especialistas e responsáveis por diversos museus, do país e da região, com uma vasta agenda de reflexões, nomeadamente as que se referem ao conceito de “Museus como plataformas culturais”. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição, no sítio electrónico da Rede de Museus do Algarve.
O presidente do ICOM (Conselho Internacional de Museus) - Europa, Luís Raposo, e a vice presidente do ICOM-Portugal, Dália Paulo, são duas das presenças nas III Jornadas da Rede de Museus do Algarve, a ter lugar a 18 de novembro, no Auditório Municipal de Albufeira, este ano sob o tema “Entre passado e futuro, entre ficam os Museus?”
Outra das presenças é de José Gameiro, Diretor Científico do Museu de Portimão, membro da Direção do ICOM-Portugal e do Grupo Coordenador da Rede de Museus do Algarve, que em recente artigo, a propósito da sua participação na 25ª Conferência Internacional do ICOM, no passado mês de setembro, em Quioto, salienta as diversas posições quanto à actual definição de museu, referindo que qualquer definição deverá “simultaneamente preservar termos, amplamente consensuais e específicos, sobre o conceito de museu e encontrar naturalmente espaço para a inovação e a incorporação de novos desafios globais/locais emergentes, numa instituição que enquanto museu, o seu presente se revela através de uma dinâmica e permanente relação cultural, científica e social, entre passado e futuro”. Nesse mesmo artigo, num órgão de comunicação local, José Gameiro afirma que este “será seguramente um tema a acompanhar e a debater nos próximos ‘Encontros de Outono’, do ICOM-Portugal e igualmente nas III Jornadas da RMA-Rede de Museus do Algarve, a realizar em Albufeira a 18 de Novembro próximo.”
A par de um aprofundamento na procura de uma nova definição mais consensual dentro da riqueza que representa a universal diversidade museológica sobre o que é um museu na contemporaneidade, outras questões integram as preocupações de quem gere os museus, como “uma maior atenção às crises ambientais e desastres naturais, a exigência a tomada de medidas mais rigorosas para a redução de riscos das coleções à escala global, o assumir do compromisso relativamente ao conceito de “Museus como Plataformas Culturais”, através de um maior fortalecimento de redes internacionais de museus de apoio ao intercâmbio científico e cultural intercontinental, bem como um reforço da capacidade transformadora dos museus comunitários e ecomuseus, na proteção das paisagens culturais e do desenvolvimento social às diferentes escalas territoriais”, afirma ainda aquele responsável.
Para esta reflexão e debate, a ter lugar em Albufeira, estarão presentes, para além dos responsáveis já referidos, Idalina Nobre, do Museu de Arqueologia de Albufeira, Hugo Oliveira, do Museu Municipal de Olhão, António Candeias, Vice-Reitor Univ.de Évora -Investigador Laboratório Hércules 11H00 Elisabete Pereira – Investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova FCSH / CEHFCi da Universidade de Évora, Maria de Jesus Monge, Diretora do Museu–Biblioteca da Casa de Bragança – Palácio de Vila Viçosa, António Carvalho, Director do Museu Nacional de Arqueologia e Rui Parreira, da Direção Regional de Cultura do Algarve.
Estas jornadas começam às 09h30, com uma sessão de abertura onde estará presente o Presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, David Santos, da Direcção Geral do Património Cultural, Adriana Nogueira, Directora Regional de Cultura do Algarve e Emanuel Sancho, do Museu do Traje de São Brás de Alportel e do Grupo Coordenador Rede de Museus do Algarve.
A entrada é livre, mas sujeita a inscrição, através da página online da Rede de Museus do Algarve: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdYLtjh4xryuH3-JsQNPloCKHfl-WvF...