MAIS DE 40 MIL CAMINHANTES FIZERAM OS PERCURSOS PEDESTRES DE ALBUFEIRA

Versão de impressãoVersão PDF

Os Percursos Pedestres de Albufeira registaram no ano passado cerca de 40 mil caminhantes. O percurso do Castelo é o mais procurado, seguido do percurso do Cerro Grande, Via Algarviana e Percurso de São Vicente. Apreciar a Natureza é para todos, pelo que a Joellette está disponível para aqueles que possuem deficiência motora. As potencialidades destes percursos podem ser já conhecidas através de aplicações informáticas, modelos IOS e Android. Basta aceder, fazer “download” e usufruir dos interessantes caminhos que a Natureza oferece.

Os Percursos Pedestres em Albufeira têm constituído um êxito, sendo uma preferência relevante para quem gosta de caminhar e apreciar a Natureza. Em 2018, cerca de 40.000 pessoas fizeram os percursos pedestres de Albufeira, sendo que o percurso do Castelo de Paderne foi o mais escolhido: 18880 pessoas. De seguida o percurso do Cerro Grande foi feito por 9032 pessoas, seguido da Via Algarviana, escolhida por 8087 praticantes da modalidade. Já o percurso de S. Vicente, foi apreciado por 3590 amigos das caminhadas.

Estes percursos podem ser apreciados inclusivamente por pessoas com deficiência motora, graças à Joellette, uma bicicleta especial para este tipo de apreciadores da Natureza. A Joellette encontra-se no posto de Turismo Municipal de Albufeira e para a reservar basta ligar ou pedi-la presencialmente com um dia de antecedência.

O percurso do Castelo começa a desenrolar-se pela encosta do Cerro do Leitão, onde pode contemplar-se uma bonita panorâmica sobre a várzea da Ribeira de Quarteira. Na várzea predomina uma paisagem rural com propriedades delimitadas por sebes de compartimentação que definem as extremas dos terrenos. Em alguns casos estas sebes são constituídas por alinhamentos de oliveiras ou romãzeiras, e noutros por materiais inertes, como valados ou paliçadas em madeira. Aí encontramos pomares de citrinos, vinhedos e plantações de regadio, alguns poços, noras e outros engenhos de rega. Deixando a várzea, a paisagem apresenta áreas de mato mediterrânico constituídas por diversas espécies da flora. Depois de passar pela azenha do castelo, onde se destaca o açude, chega a um excelente espaço, não só por concentrar os valores patrimoniais mais importantes da freguesia de Paderne, como é o caso do castelo e da velha ponte, mas também por esta zona se caracterizar por um belo desfiladeiro, o qual é serpenteado pela Ribeira de Quarteira. Ao passar pelo Castelo, o percurso encontra uma zona de povoamentos dispersos onde se predominam as amendoeiras, as figueiras e as alfarrobeiras. No topo do Cerro do Leitão, encontra-se o Moinho do Leitão. Recuperado recentemente, é um elemento representativo de uma actividade económica muito importante até à primeira metade do século passado, altura em que estes engenhos foram desactivados.

O percurso principal inclui uma passagem sobre a Ribeira de Quarteira, com o auxílio de Poldras, (junto à localidade da Amoreira). Esta passagem não é recomendável durante o Inverno e períodos de maior precipitação, pelo que, se encontra marcado um caminho alternativo, com início logo depois da Fonte de Paderne, e que volta a encontrar o percurso principal após passar debaixo da Via do Infante (A22). Esta variante tem uma extensão total de 1,4 Km, que somados ao inicio e final do percurso principal totalizam 6,8Km.

No interior da povoação de Paderne chama-se à atenção para um conjunto muito interessante de casas típicas algarvias, onde se destacam as suas cantarias, platibandas e chaminés. Esta é a oferta visual do percurso do Cerro Grande.

Durante o percurso pode desfrutar de três tipos de paisagens: uma mais urbana, constituída por pequenos aglomerados de 10 a 15 casas – as aldeias –, uma outra um pouco mais serrana e ainda uma paisagem agrícola – na várzea da ribeira de Algibre. Ao contemplar a paisagem típica do barrocal algarvio, pode encontrar as pequenas propriedades com alfarrobeiras, amendoeiras e figueiras e algumas zonas de mato, onde o carrasco, a aroeira, o zambujeiro e as palmeiras anãs predominam. Para além do riquíssimo património paisagístico, o percurso tem o seu ponto mais interessante no Cerro Grande, a uma cota de 227 metros, onde pode avistar a linha costeira. Encontramos ainda pequenas aldeias, destacando-se a Aldeia Grande e Casas do Poço. De salientar a tipicidade de algumas tabernas, mercearias e cafés que aí se encontram. Ao aproximarmo-nos da Ribeira de Algibre, entra-se numa zona de várzea totalmente ocupada por espaços agrícolas com culturas de regadio. A zona envolvente a esta ribeira tem um ecossistema muito interessante, assim como vários açudes e vestígios de antigos moinhos de água. O percurso desenvolve-se num planalto junto à ribeira.

A Via Algarviana que liga Albufeira a Alte, numa extensão de 29,3 km, pode ser uma dos grandes desafios para os tempos livres, com aposta ganha no conhecimento em matéria de biologia, fauna, flora, geografia e todas as áreas que digam respeito à Natureza. Este percurso começa no Posto de Turismo de Albufeira, passa pela Estação de caminho-de-ferro de Ferreiras e segue até à aldeia de Centieira (próxima da antiga empresa Faceal), cruzando-se aí com os três percursos existentes em Paderne: o do Castelo, o do Cerro Grande e o do Cerro de São Vicente. Refira-se no entanto que os três Percursos de Paderne têm o seuj inicio junto ao Estádio João Campos, onde estão assinalados os percursos nos painéis que ali se encontram  

E é logo no início do percurso de São Vicente que se encontra a Capela de Nossa Senhora ao Pé da Cruz, construída no séc. XVII, com elementos arquitectónicos de linhas direitas e simples. O percurso segue na direcção da ponte D. Carlos I, também conhecida por ponte de Paderne, que atravessa a ribeira de Quarteira para o Purgatório, pequeno lugar na outra margem da Ribeira. À medida que se sobe ao Cerro de S. Vicente, verifica-se cada vez menos a intervenção do homem na paisagem e começa a encontrar-se, com mais frequência, elementos típicos do Barrocal algarvio, nomeadamente a pequena propriedade dividida por valados com amendoeiras, figueiras e alfarrobeiras. Pode também encontrar algumas oliveiras dispersas e alguns terrenos de mato mediterrânico, onde os carrascos predominam. A uma cota de 177 metros de altura, chega finalmente à bonita paisagem que pode avistar do Cerro de S. Vicente. Circundado pela bacia hidrográfica das ribeiras de Alte, Algibre e Quarteira, bem como por vales, cuja formação remonta ao período mesozóico (há 160 milhões de anos). No Cerro de S. Vicente, para além das ruínas do velho moinho de vento, pode contemplar amplos espaços abertos que proporcionam uma magnífica paisagem, a qual constitui um dos valores patrimoniais mais importantes aí observados, e que retrata perfeitamente o modo de vida das populações residentes. Do alto deste cerro, o pitoresco da paisagem apenas é quebrado pela auto estrada, bem como pela fábrica de tijolos situada na sua encosta. A parte final do percurso desenvolve-se primeiro na zona de várzea da ribeira de Alte e, depois, na várzea da ribeira de Algibre. Nesta última, a passagem para a outra margem é feita a vau ou por cima de pequenas poldras. Figueiras, oliveiras, vinhas e a típica vegetação ripícola acompanham o percurso até ao ponto de partida.

Quem desejar conhecer antecipadamente estes percursos, pode recorrer a uma aplicação móvel, disponível para dispositivos IOS e Android bastando baixar a aplicação nas respectivas store´s com a denominação “Percursos Pedestres de Albufeira”.

 

Galeria de Fotos: 

Seção do Portal: 

Data de Publicação: 

2019/05/06