RUIVINHO BRAZÃO APRESENTA ÚLTIMO LIVRO DA RECOLHA DE TRADIÇÃO ORAL

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O terceiro volume da colecção “Palavras com que Aprendo e Brinco”, da autoria de Ruivinho Brazão, foi apresentado na semana passada na Biblioteca Municipal Lídia Jorge. Tratou-se de um momento para recordar o saber que se transmitia às crianças através de estórias, linquintinas, lengalengas e outras formas literárias de tradição oral. “ É importante manter as raízes”, sublinhou o Presidente da Câmara Municipal, ao passo que Ana Isabel Soares sublinhou ser a oralidade “um modo de reconhecer o anónimo”.

“Como forma de expressão humana, é de brindar a recolha da tradição oral, para que os mais jovens não esqueçam as suas raízes, pois sem o conhecimento do passado, não pode haver futuro sustentável”, defendeu, a abrir a sessão, o Presidente da Câmara Municipal e vereador responsável pela Cultura, Carlos Silva e Sousa.

Perante uma assistência que aplaudia a par e passo as intervenções das “Moças Nagragadas”, D. Leonor e D. Almerinda, a apresentação do terceiro volume da colecção “Palavras com que Aprendo e Brinco”, destinada a leitores dos 10 aos 13 anos de idade, decorreu em clima de boa disposição face às memórias que as diversas composições literárias despertavam em todos os presentes. Ana Isabel Soares, docente da Universidade do Algarve, a quem coube a apresentação da obra, recordou as férias da sua infância em Albufeira e das estórias que então lhe contaram e de como só na fase adulta se apercebeu de como esse saber constitui um valioso património da região, na medida em que “a oralidade é um modo de reconhecer o anónimo”. A ilustradora, Inês Gonçalves, não esteve presente, mas substituiu-a Joana Lessa, sua ex-professora de Design da Comunicação, a qual sublinhou existir nesta obra “diversas leituras, não só as que são inspiradas pelas palavras, como pelos desenhos”. Presente ainda, Alexandra Gonçalves, directora Regional da Cultura, que salientou o modo de como a Direção regional, desde 1994, acarinhou este projecto de recolha da tradição oral, o mesmo se passando com as Autarquias de Albufeira e Loulé, “permitindo ligar as pessoas e evidenciar o zelo” que o Algarve tem pela sua cultura popular.  Ruivinho Brazão manifestou o seu agradecimento aos presentes e às entidades que sempre apoiaram este projecto, não esquecendo o contributo das escolas, “as quais têm vindo a colaborar, através de recriações deste património literário. Espero que este livro seja uma constante e um prazer nas mãos das crianças e hoje”, salientou.

Refira-se que este livro foi editado pela APEOralidade – Associação de Pesquisa e Estudo da Oralidade, com sede em Albufeira, numa tiragem de 1.500 exemplares, que serão distribuídos essencialmente pelas escolas de Albufeira e Loulé.

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Data de Publicação: 

2017/12/05