Aviso N.º 1/2016 - 07 Janeiro 2016 - 15:00 - Condições Meteorológicas Adversas
Situação Meteorológica:
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada salienta-se para os próximos dias um agravamento das condições meteorológicas atuais, com especial destaque para as regiões a norte do rio Tejo e, em particular, as regiões do Minho e Douro Litoral. Destacam-se como principais fatores:
- Precipitação persistente com picos de maior intensidade (>10 mm/h) durante o dia de amanhã (08jan) e no domingo (10jan), cujos acumulados podem ultrapassar os 200 mm durante este período;
- Queda de neve acima dos 1400m (podendo descer pontualmente aos 1200m);
- Vento a soprar forte com rajadas da ordem dos 90 km/h no litoral e 100 km/h nas terras altas;
- Agitação marítima na costa ocidental com ondas até 5m.
Informação hidrológica relevante:
- Escoamento superficial e sub-superficial tendencialmente elevado, podendo originar inundações rápidas em zonas historicamente vulneráveis, mais prováveis nas bacias dos rios Minho, Lima Cávado, Ave, Vouga, Douro e Mondego. Não são de excluir eventuais situações de cheias provocadas pelo aumento de caudal das principais linhas de água.
- As condições de saturação dos solos favorecem a possibilidade de ocorrência de deslizamentos em zonas de declive mais acentuado.
Efeitos expectáveis:
Em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável:
- Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
- Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
- Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
- Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
- Danos em estruturas montadas ou suspensas;
- Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preiamar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
- Possíveis acidentes na orla costeira;
- Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
Medida de auto-proteção:
A ANPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água e gelo nas vias;
- Transporte e colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atenta para a possibilidade de queda de ramos ou árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos na orla marítima;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.