O Município de Albufeira e a Altice Portugal (MEO – Serviços de Comunicações e Multimédia, S.A.) estabeleceram uma parceria que tem por objetivo promover a expansão da rede de fibra ótica no concelho e a utilização recíproca de condutas, pertencentes a cada uma das entidades, que já se encontrem instaladas na área geográfica do município. A formalização do compromisso entre as partes decorreu na manhã desta quarta-feira, 12 de maio, através da assinatura de um protocolo de colaboração.
O protocolo de colaboração foi assinado, ontem, durante a manhã, pelo presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, e pelo Membro do Comité Executivo da Altice, João Teixeira.
Refira-se que com base no presente protocolo, a Altice promete executar até ao final deste ano de 2021 a expansão da rede de fibra ótica no Município de Albufeira, de forma a alcançar uma taxa de disponibilidade igual ou superior a 85% do número de fogos do concelho.
O presidente José Carlos Rolo realçou o facto de estarmos perante a assinatura de um protocolo entre duas entidades, uma pública e uma privada, focado num objetivo comum e na mesma missão, a qual passa por “servir melhor os cidadãos residentes, mas também todos aqueles que nos visitam, os turistas por quem tanto ansiamos que cheguem nos próximos meses”.
Este momento que estamos a presenciar tem uma atualidade enorme, frisou, recordando a Estratégia Portugal 2030 e a questão dos fundos do próximo Quadro Comunitário de Apoio em que uma das Agendas é dedicada à Transição Digital.
Na opinião do autarca, esta questão não se prende apenas com motivos relacionados com a pandemia, que “desde logo alterou a forma como trabalhamos e nos relacionamos com os outros. Veja-se por exemplo, as reuniões através das plataformas digitais, o teletrabalho e o ensino à distância. É claro que o ser humano precisa das relações interpessoais, que vão continuar a existir, mas estamos cada vez mais vocacionados para a utilização de plataformas digitais para nos reunirmos de forma rápida e expedita, evitando grandes deslocações e perdas de tempo”. Por outro lado, acrescentou, as tecnologias digitais são fundamentais para o bom funcionamento das escolas e o sucesso educativo dos nossos alunos. Refira-se que no início da pandemia não estávamos preparados para o ensino à distância e o Município teve que adquirir tablets e computadores portáteis com acesso à internet para que os alunos dos vários graus de ensino pudessem usufruir das aulas online. “É este o mundo onde vivemos e daí a importância das boas redes de comunicação”, pois quando o sinal da internet é fraco, isso implica problemas no âmbito da aprendizagem, do ensino, da comunicação e da eficiência ao nível do mundo laboral”, concluiu. “Por isso, temos que tentar a cada passo, a cada dia, melhorar as condições para que possamos fazer esta transformação digital da sociedade. No entanto, convém sublinhar que a missão de um Município não são as tecnologias de informação, para isso precisamos de parceiros e “a Altice Portugal é um parceiro privilegiado para que possamos levar a bom porto o nosso objetivo e as metas que ansiamos e que são extremamente atuais”, justificou o autarca.
João Teixeira, por sua vez, referiu que em contraciclo com a pandemia, a Altice voltou ao terreno para perceber das necessidades que o País enfrenta. «Tal como o presidente José Carlos Rolo referiu, também acho que nada vai voltar a ser igual, mas acredito que vamos ter que encontrar “um modelo híbrido” que passa por alguns dos costumes que tínhamos anteriormente tornarem-se mais digitais e outros voltarem a ser como eram», sublinhou. No âmbito dessa transição e dessa digitalização, a Altice está a investir juntamente com o Município, criando um modelo de parceria aberto que visa promover a expansão da fibra ótica no concelho de Albufeira. A propósito do referido compromisso, destacou que “vai sempre haver zonas em que não vamos conseguir chegar”, mas neste modelo de parceria, vamos deixar a porta aberta para falar, tentar perceber e resolver as situações, disse. Até final de 2021 prevemos cobrir 85% da área do Município, o restante fica para uma segunda fase, mas fica aqui o repto “se identificarem algumas zonas que sejam importantes e que careçam de fibra ótica, estamos disponíveis para nos sentarmos à mesa e perceber o que podemos fazer em conjunto”.