No próximo mês de julho (5, 6 e 7) Albufeira acolhe, pela primeira vez, a Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza, uma iniciativa que já vai na XXIII edição, e que este ano o Município decidiu abraçar em parceria com a Federação de Caçadores do Algarve e a Marina de Albufeira. A apresentação oficial decorreu na passada sexta-feira, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Albufeira, que foi pequeno para receber todos os convidados, bem como a comunicação social que ali se deslocou para saber das novidades do evento.
A XXIII edição da Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza vai decorrer de 5 a 7 de julho, na Marina de Albufeira. Este ano, pela primeira vez na história do evento, o Município de Albufeira aceitou o desafio de acolher e fazer parte da organização, juntamente com a Federação de Caçadores do Algarve e a Marina de Albufeira. Refira-se que a iniciativa conta, também, com os apoios da Região de Turismo do Algarve, Agência de Promoção de Albufeira – APAL e Crédito Agrícola de Albufeira.
Para além das habituais exposições ligadas à caça, pesca, turismo, natureza, produtos da terra e máquinas agrícolas, destacamos várias demonstrações equestres, mostras de raças autóctones algarvias e exposição de raças exóticas, falcoaria, concursos (mel, ovelha churra algarvia, cães, doçaria), a mesa redonda de Turismo e Citricultura “Exportar cá dentro”, o Colóquio “Gestão e sanidade de espécies Cinegéticas, apresentação de livros, o Concurso de Matilhas – 9º Troféu Duarte Rosa, a Final do Campeonato Regional de Stº Huberto, a 1ª Taça “José Maria Seromenho” da Zona de Caça de Albufeira e a 1ª Taça de Obstáculos – Cidade de Albufeira. O evento conta, ainda, com excelente programação musical: no dia 5 (sexta-feira), pelas 23h00, sobe ao palco Richie Campbell, no dia 6 (sábado), à mesma hora, os participantes são brindados com a atuação de António Zambujo e no dia 7 (domingo), pelas 20h00, o encerramento do programa musical fica à responsabilidade do Grupo albufeirense José Praia e Áquaviva.
A apresentação oficial do certame contou com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, do Administrador da Albumarina, João Amaral, dos presidentes da Direção e da Assembleia Geral da Federação de Caçadores do Algarve, Vitor Palmilha e Fernando Medronho, respetivamente, do Diretor Regional de Agricultura do Algarve, João Pedro Monteiro, do Diretor Regional do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve, Joaquim Castelão Rodrigues e do presidente da Associação de Caçadores e Pecadores do Concelho de Albufeira, João Arez.
O certame, que vai ocupar uma área de exposição coberta com 2.100 m2, necessita de um espaço enorme ao ar livre para instalação do picadeiro, boxes e bancadas, mostras equestres, exposição de animais, máquinas e equipamentos agrícolas, tasquinhas, artesanato, entre outras atividades.
José Carlos Rolo revelou que este foi o principal desafio que se colocou a trazer o evento para Albufeira, tendo confessado que já há algum tempo que havia esta vontade, mas que a falta de um espaço com as dimensões adequadas foi o principal entrave. “O José Arez e o Vítor Palmilha foram os grandes responsáveis por conseguirmos realizar este sonho, mas não foi fácil. Felizmente conseguimos chegar a acordo com a Marina de Albufeira e a Feira vai mesmo acontecer”. O autarca sublinhou que este tipo de eventos são uma mais-valia para o concelho e para a própria região, uma vez que atraem muitos visitantes e ajudam a alavancar a economia. “Para além da vertente da caça e da pesca, ligadas ao equilíbrio e preservação das espécies, a Feira integra, também, a área dedicada ao turismo e à natureza, o que faz todo o sentido, uma vez que a dinamização do turismo rural e de natureza ajudam a diversificar o produto e são complementares ao turismo de sol e praia”, concluiu.
O administrador da Marina de Albufeira disse estar muito feliz pelo convite da Câmara Municipal para realizar o evento naquele local, tendo sublinhado que “a experiência dos últimos 22 anos da empresa são uma mais-valia e dão a garantia de que o evento irá chegar a bom porto”. João Amaral realçou a importância do evento, que na sua opinião “deveria ser replicado noutros locais, com vista a atrair e fixar pessoas no interior do Algarve e ajudar a combater os problemas da sazonalidade”.
Vitor Palmilha aproveitou para fazer um balanço sobre o percurso do evento ao longo dos últimos 23 anos, dos diferentes locais por onde passou e “pela adequação aos novos tempos, nomeadamente no que se refere à alteração do nome, o que se prende, naturalmente, com novas vertentes e a dinâmica que se pretende imprimir nas áreas do Turismo e da Natureza”.
O presidente da Direção da Federação de Caçadores do Algarve fez questão de frisar que a mudança para Albufeira foi consensual, informação corroborada pelo seu colega Fernando Medronho que apontou como principais razões “a centralidade do concelho e as boas acessibilidades”. Para além de imensos participantes provenientes da área do barlavento algarvio, a organização conta este ano, também, com a presença de representantes da Galiza, País Basco e Andaluzia.
Por sua vez, o presidente da Associação de Caçadores e Pescadores de Albufeira, sublinhou que a associação, que tem 31 anos de existência, tem estado ligada à organização do evento desde o primeiro momento. João Arez referiu que a coletividade tem um campo de tiro, gere uma zona de caça municipal e tem praticantes nas modalidades da caça e pesca, que ao longo do ano participam em várias provas. “Somos caçadores e pescadores, mas temos preocupações com o ordenamento do território e estamos conscientes de que estas atividades têm uma enorme importância a nível turístico, social e ambiental”.
A sustentabilidade ambiental, a defesa dos produtos endógenos e do mundo rural foram os principais desafios apontados para a região pelos responsáveis da Agricultura e do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas. João Pedro Monteiro qualificou o certame como “uma mostra de excelência da caça e da pesca, mas também ao nível das atividades agroalimentares e do artesanato, o que é muito importante porque é uma maneira de puxar por outras atividades”, tendo a propósito destacado a Mesa Redonda de Turismo e Citricultura, agendada para o segundo dia do evento.
João Castelão Rodrigues aproveitou para elogiar a perspicácia da organização ao levar o evento para a Marina “é uma forma de trazer o interior para junto do mar”, sublinhando, igualmente, a perseverança dos organizadores que ao longo de 23 anos continuam empenhados e a lutar para que o evento seja um sucesso”.