O Programa “Castelo de Portas Abertas” vai continuar a receber visitantes ao longo deste Inverno, na primeira e terceira quarta-feira de cada mês, entre as 10h00 e as 16h00, até Abril. Situado na margem da Ribeira de Quarteira, em Paderne, foi um dos últimos castelos conquistados à ocupação muçulmana e é um dos melhores exemplares de construção de taipa militar a sul do Tejo e da Península Ibérica. Está ali há mais de 900 anos.
Visitar o Castelo de Paderne, significa relembrar os primórdios da região. Sabe-se pelas crónicas sobre Dom Paio Peres Correia, cavaleiro da ordem de Santiago, que este era um castelo “forte e muito bom da grande comarca em redor, entre Albufeira e a serra.” Deste modo, o programa que durante os meses de Verão permitiu que centenas de visitantes conhecessem este monumento, vai prologar-se ao longo do Inverno.
O programa denomina-se “Castelo de Portas Abertas” e tem uma duração que se prolonga desde este mês de Novembro até Abril do próximo ano. O castelo abre as suas portas sempre na primeira e terceira quarta-feira de cada mês, entre as 10h00 e as 16h00.
As muralhas do Castelo envolvem uma área com cerca de um hectare e encontram-se separadas da torre albarrã por aproximadamente um metro de distância. Considerado um dispositivo de defesa, a torre tem seis metros de base e nove de altura e deverá em breve ser alvo de recuperação.
Esta intervenção, já há muito ambicionada pelo Município de Albufeira, será possível graças aos acordos de cooperação firmados em Julho deste ano com a Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCA) e com a Fundação Millennium BCP. O total da obra, estimada em cerca de 100 mil euros – restauro da torre, introdução de sinalética e manutenção da zona evolvente-, irá ser assegurado da seguinte forma: 75% pela DRCA mediante candidatura a financiamento europeu; 25% pela Câmara Municipal de Albufeira até um montante máximo de 30 mil euros; e a comparticipação de 30 mil euros por parte da Fundação Millennium BCP, na qualidade de Mecenas.
O Castelo de Paderne, um dos últimos conquistados à ocupação muçulmana e construído na segunda metade do século XII, é um dos melhores exemplares de construção de taipa militar a sul do Tejo e da Península Ibérica, sendo o testemunho de 900 anos de permanência na paisagem.