Albufeira é o concelho do país (continente e Ilhas incluídos) com o maior número de equipamentos DAE – Desfibrilhação Automática Externa instalados na via pública, acessíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, garantindo-se, desta forma, a rápida intervenção em situações de doença súbita de natureza cardiorrespiratória, o que permite antecipar a resposta dos meios de socorro diferenciados em emergência pré-hospitalar, aumentando-se a probabilidade de se salvarem mais vidas. Durante um exercício de treino, realizado no passado dia 19 de janeiro, para testar os tempos de resposta face a uma hipotética situação de PCR – Paragem cardiorrespiratória na via pública, o vice-presidente da Câmara Municipal destacou a robustez do PDAE – Programa de Desfibrilhação Automática Externa e sublinhou que Albufeira é o município que anualmente mais investe nesta área, aproximadamente 100 mil euros.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Albufeira, Cristiano Cabrita sublinha que “Albufeira assume-se como o concelho que mais investe no acesso público à desfibrilhação automática externa: cerca de 100 mil euros por ano, o maior investimento a nível nacional”. Note-se que o número de equipamentos DAE, disponíveis para uso da população, é pelo menos três vezes superior à média nacional. “Em Albufeira temos 11 equipamentos por cada 10 mil habitantes, não contando com os equipamentos privados, enquanto a média nacional é cerca de 4 equipamentos por cada 10 mil habitantes, sendo que em Portugal existem apenas cerca de 4 mil DAE licenciados”, reforça Cristiano Cabrita.
Paralelamente à aquisição e instalação dos equipamentos, a autarquia tem vindo a fazer uma aposta forte ao nível da formação em Suporte Básico de Vida (SBV) - DAE, sendo que até ao momento já foram formadas mais de 800 pessoas como socorristas de proximidade, o que significa que cerca de 2% da população do concelho já está integrada no PDAE de Albufeira.
A manutenção dos critérios de qualidade é uma preocupação constante do Município, pelo que no passado dia 19 de janeiro, foi efetuado um exercício de treino que envolveu a totalidade dos socorristas de proximidade, com vista a efetuar a verificação dos tempos exatos de resposta face a uma hipotética situação de PCR na via pública.
Às 18h22 foi ativada a cabine do DAE localizado junto ao Skate Parque/Estádio Municipal de Albufeira, tendo-se verificado que o tempo decorrido entre a ativação da cabine e a chegada do primeiro operacional ou socorrista de proximidade foi de 3 minutos. Compareceram no local 48 pessoas formadas em SBV-DAE, integradas no PDAE de Albufeira, residentes na zona, outros munícipes, trabalhadores municipais, polícia municipal e forças de socorro, nomeadamente os Bombeiros de Albufeira que participam no programa como parceiro fundamental.
Todos os elementos das forças de socorro e segurança, integrados no PDAE, recebem, igualmente, a informação sobre a ativação do equipamento, sendo que está protocolada a imediata ativação dos operacionais do Corpo de Bombeiros, que estejam ao serviço, os quais se deslocaram ao local com um meio de socorro.
O vice-presidente da Camara Municipal de Albufeira destacou “o sucesso do exercício e a robustez do Programa DAE”, referindo que o mesmo “espelha o envolvimento dos socorristas afetos ao PDAE e a sua capacidade de resposta a uma situação real, sendo que a presença neste exercício de inúmeras pessoas formadas pela autarquia nesta área deixa-nos claramente satisfeitos. Permite-nos confirmar que o socorro de proximidade, nestas emergências cardíacas, se afigura como uma aposta a desenvolver cada vez mais”. Refira-se que apesar de se tratar de um exercício, e de não ter sido revelado o local da ativação da cabine, constatou-se a presença de cerca de 6% do total de socorristas associados ao PDAE no local.
Cristiano Cabrita sublinha também “o sentido de responsabilidade que a comunidade albufeirense demonstrou pela sua participação altruísta, que permite comprovar o quanto Albufeira tem a ganhar com a manutenção deste programa municipal, uma vez que se trata de um programa que serve os munícipes, os residentes e quem nos visita, e dá-nos a garantia e a segurança de uma resposta efetiva a uma situação de emergência e de socorro”.
O autarca realça que no decurso de 2023, o Município prevê aumentar o número de equipamentos disponíveis no âmbito do PDAE Comunitário de Albufeira, “o que vem tornar cada vez mais robusta esta aposta social” em matéria do socorro da população e dos seus visitantes. Está, igualmente, prevista a continuidade da formação de mais munícipes com competências para utilizar os equipamentos DAE. Por outro lado, é intenção da autarquia continuar a colaborar no desenvolvimento do processo de socorro por não profissionais, através da manutenção das cabines DAE que integram o PDAE do concelho de Albufeira, com o aumento dos socorristas de proximidade, munícipes, bem como operacionais das forças de segurança e socorro, “o que permitiu recentemente reverter com sucesso uma paragem cardiorrespiratória de um jovem cidadão, situação que inequivocamente evidencia a importância do esforço e investimento realizado pelo Município”, revelou Cristiano Cabrita.
O Programa de Desfibrilhação Automática Externa (PDAE) de natureza comunitária, do Município de Albufeira foi implementado em 2017, com o objetivo de garantir o reforço da cadeia de sobrevivência a vítimas de paragem cardiorrespiratória nas áreas públicas do concelho.
Atualmente o Município tem um total de 50 desfibrilhadores no âmbito do PDAE, dos quais 48 estão ativos e 2 aguardam o licenciamento por parte do INEM. Do total dos equipamentos, 23 unidades estão instaladas em cabines na via pública e 11 em cabines afixadas em edifícios municipais, escolares, desportivos, entre outros equipamentos onde se verifica grande afluência de pessoas. Estes 34 equipamentos têm a particularidade de estar acessíveis 24 horas por dia, todos os dias do ano, de acordo com as melhores práticas internacionais. Para além destes, existem mais 11 equipamentos DAE móveis, instalados nas viaturas das forças de segurança como a GNR, Polícia Municipal e serviço municipal de Proteção Civil, sendo que os restantes estão alocados a outras instalações municipais na área cultural e desportiva.