“ALOJAMENTO LOCAL PARA AVES” EM PROL DA BIODIVERSIDADE E DO CONTROLO DE PRAGAS URBANAS

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Em Albufeira chapins, poupas, estorninhos-pretos, peneireiros-vulgares, mochos-galegos e corujas-das-torres já têm licença para se instalar em bonitas unidades de “Alojamento Local”, ou melhor dizendo em caixas-ninho, próprias para acolher cada uma destas diferentes espécies. Trata-se de uma iniciativa realizada em parceria entre o Município e a associação Vita Nativa – Conservação do Ambiente, cujo objetivo passa por potenciar a fixação de mais aves em meio urbano e promover o controlo biológico de pragas. Para além da colocação e monitorização dos ninhos, o projeto contempla a realização de ações de sensibilização nas escolas e a colocação de painéis informativos.

No âmbito do protocolo assinado entre o Município de Albufeira e a associação Vita Nativa, no passado mês de fevereiro, já foram instaladas 30 caixas-ninho no concelho, que podem ser observadas na Urbanização do Surfal, na pista de Crosse das Açoteias, nas instalações municipais do Páteo, no depósito de água do Páteo e no Parque Urbano do Ribeiro, na entrada principal da cidade.

Recorde-se que o “Alojamento Local para Aves”, foi a iniciativa vencedora do Orçamento Participativo Portugal de 2018. Agora, também, Albufeira aderiu ao projeto, que pretende promover a diversidade de avifauna na região do Algarve.

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira destaca a importância de se preservarem os habitats e a biodiversidade do concelho, “sendo imprescindível que se tomem medidas de valorização do património natural e de incentivo à participação dos cidadãos na defesa do património ambiental”. Uma das grandes vantagens do projeto, justifica “é que as aves podem ter um papel importante no controle de pragas biológicas, contribuindo de forma natural para o equilíbrio dos ecossistemas”. Para além disso, esta parceria irá permitir o enriquecimento do Plano de Atividades de Educação Ambiental do Município, de extrema importância no que respeita à sensibilização do público em geral e da população escolar, sendo um excelente incentivo à fixação de outras aves, acrescenta José Carlos Rolo.

O protocolo, que tem a vigência de 2 anos, podendo ser renovado se houver interesse das partes, implica, por parte da Vita Nativa, a instalação e manutenção de 30 caixas-ninho, monitorização dos ninhos, anilhar as aves, disponibilizar informação técnica para colocação em placares informativos e a realização, no mínimo, de uma atividade de sensibilização ambiental, em parceria com os técnicos do Município.

Refira-se que para além desta iniciativa, a autarquia abraçou, também, em finais de 2013, o projeto “Chapim”, com vista a controlar de forma biológica a lagarta do pinheiro. No âmbito deste projeto, encontram-se colocados no concelho mais 63 ninhos de chapim, 10 no Hotel EPIC Sana e 7 em diversos estabelecimentos escolares (ATL de Vale Pedras, EB1 dos Brejos, EB1 dos Caliços, EB1 da Avenida do Ténis, EB1 das Sesmarias e EB2,3 D. Martim Fernandes).

Refira-se que a sensibilização ambiental é fundamental para adotar ou mudar comportamentos, daí a importância de realizar ações de sensibilização nas escolas. No âmbito do projeto “Chapim”, todos os anos, no início do ano escolar, os técnicos da autarquia realizam ações destinadas a transmitir diversas curiosidades sobre o chapim e a sua importância no controlo da lagarta do pinheiro. Os alunos participantes recebem um caderno de campo informativo, onde para além de registarem as observações do ninho, podem obter informações sobre as espécies de chapim mais comuns em Portugal, bem como aprender a construir o seu próprio ninho e comedouros. Com vista ao bom acompanhamento do projeto são realizadas diversas visitas pelos técnicos do Município ao longo do 2º e do 3º período.      

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Data de Publicação: 

2021/03/01