O presidente da Câmara Municipal de Albufeira recebeu, na passada quinta-feira, 12 de setembro, professores e educadores a lecionar nos três agrupamentos de escolas do concelho, numa iniciativa que tem por objetivo dar as boas-vindas aos profissionais aqui colocados pela primeira vez e desejar um excelente ano a todos. Este ano o local escolhido foi a aldeia de Paderne, uma das freguesias do concelho conhecida pelo seu riquíssimo Património Natural e Histórico.
O programa de Receção do novo Ano Letivo decorreu durante toda a manhã, na freguesia de Paderne, tendo começado com uma merenda no Moinho do Leitão, acompanhada ao som do acordeão, onde não faltou o pão acabadinho de fazer pelo Sr. João Ruaça, o mel e os doces da região.
O vento neste dia não se fez de rogado e emprestou força às velas brancas do moinho, que ao girar contra o azul do céu puseram o engenho a funcionar. Lá dentro, o Sr. Inácio explicava o processo de moagem e algumas curiosidades acerca da recuperação do equipamento, com destaque para as madeiras utilizadas no teto, mostrando orgulhoso alguns dos barrotes que ele próprio colocou.
Seguiu-se um segundo momento, que a organização intitulou “Visitas com História”, que teve como anfitriões Arménio Aleluia Martins e Francisco Sabóia e que inclui uma passagem pela Igreja de Nossa Senhora da Esperança, Museu Biblioteca do jornal “a Avezinha” e Banda Musical de Paderne. O evento culminou com um almoço convívio, oferecido pelo Município a todos os participantes, no Centro Educativo do Cerro do Ouro.
José Carlos Rolo aproveitou a oportunidade para agradecer a todas as entidades (Ministério da Educação, Agrupamentos e Juntas de Freguesia) que, juntamente com a Autarquia, trabalham em estreita articulação para que a Educação no concelho seja um sucesso, tendo sublinhado que não pretende interferir na ação das escolas, mas dar um contributo efetivo para que tudo corra bem. “A nossa obrigação legal passa por garantir a construção e manutenção dos equipamentos, a colocação de pessoal não docente, a alimentação e os transportes escolares, no entanto enquanto Município pertencente à rede das cidades educadoras somos extremamente sensíveis à problemática da educação e consideramos que temos a obrigação moral de disponibilizar atividades que facilitem o enriquecimento curricular e o desenvolvimento pessoal das nossas crianças”. Fazendo jus a esta afirmação, o autarca apresentou o Plano de Atividades Educativas do Município para o ano letivo 2019/2020, onde constam todas as atividades programadas pelas diferentes unidades orgânicas da Autarquia, entre as quais deu destaque às Comemorações dos 500 Anos da Morte de Leonardo da Vinci, ao I Festival de Estátuas Vivas de Albufeira, no final do mês de setembro, e à candidatura do Município, juntamente com Loulé e Silves, a Geoparque Mundial da Unesco, projeto que espera ver concretizado dentro de três a quatro anos.
O presidente informou que o ano letivo começou com alguns problemas devido à falta de capacidade para abranger todas as crianças ao nível do pré-escolar, bem como à necessidade de recorrer a salas pré-fabricadas em algumas escolas e Jardins de Infância; situação que pretende ver resolvida no próximo ano com novos investimentos que passam pela construção de um novo Jardim de Infância com cinco ou seis salas e a ampliação das Escolas Francisco Cabrita e Diamantina Negrão.
O autarca despediu-se de todos desejando um bom ano letivo, sem esquecer de frisar que a porta do seu gabinete está sempre aberta para ajudar em tudo o que for necessário, assim como os restantes elementos do Executivo e funcionários da Autarquia.
A receção à comunidade educativa contou também com a presença de Cristina Veiga Pires, da Universidade do Algarve, Diretora Científica do processo de candidatura ao Geoparque Algarvensis – Loulé, Silves, Albufeira que sublinhou que o projeto não passa apenas por questões ligadas à biologia e à geologia. “O Geoparque é tudo o que inclui o território: cultura, linguagem, hábitos, artesanato, daí a importância de incluir todas as pessoas e, dentro destas, as crianças são as primeiras a passar a palavra e a perceber que os recursos naturais são importantes, que uma vida sustentável é importante”. É isso que o Geoparque pretende – o desenvolvimento sustentável para o território que está a ser trabalhado, justificou. Com uma plateia privilegiada para fazer passar a mensagem, aproveitou para desafiar os educadores e professores presentes a partilharem o seu conhecimento e a alinharem as suas experiências com o Geoparque “seja através de uma canção, de um desenho ou de uns cálculos do território”. Referiu, ainda, que o Geoparque está aberto a receber perguntas e a promover concursos, aproveitando para anunciar a criação de um site para o efeito, que poderá estar disponível já no próximo mês de dezembro.