Durante cinco dias, 60 expositores de vários pontos do País apresentaram em Albufeira peças genuínas de artesanato, doces e licores, conservas e outros produtos da gastronomia tradicional. O Al-Buhera, um dos eventos mais aguardados do verão algarvio, encerrou portas no domingo com a promessa de regressar no próximo ano. Pelo palco passaram vários artistas da região e nomes consagrados do panorama musical nacional.
O Festival Al-Buhera, que esteve a decorrer de 27 a 31 de julho, na Praça dos Pescadores, chegou ao fim com a promessa de voltar no próximo ano com um programa que se quer cada vez mais ambicioso, “porque o evento que já se encontra consolidado no panorama cultural da região é uma marca que é necessário acarinhar e levar mais longe, numa aposta firme no melhoramento contínuo da sua qualidade”, refere Carlos Silva e Sousa ao fazer o balanço da iniciativa.
Este ano a grande novidade passou pelo alargamento do Festival a outros pontos do País, quer ao nível da participação de artesãos quer do cartaz musical que para além de contar, como habitualmente, com os grupos da região - José Praia e Áqua Viva, Al-Buhera, Al-Mouraria, Beto Kalulu & os Compotas e a Banda Alhada - levou ao palco nomes sonantes do panorama musical nacional: José Cid, Viviane, Diogo Piçarra, Richie Campbell e Dengaz & Ahya Band.
O presidente da Câmara Municipal sublinha que durante cinco dias Albufeira apresentou-se “em todo o seu esplendor”, numa verdadeira mostra do que de melhor se faz no País e na região, atraindo milhares de visitantes ao centro da cidade numa excelente combinação entre animação e cultura “porque é fundamental mostrar a residentes e turistas o que é verdadeiramente autêntico e genuíno e faz parte da nossa identidade cultural”. Peças únicas em marroquinaria, cortiça, objetos de ourivesaria, cobre, latão, cestaria, têxteis, bordados, pinturas à mão, olaria e produtos da gastronomia tradicional conquistaram a atenção e interesse dos visitantes a preços bastante competitivos.
O evento, que integra o programa de animação de verão de que fazem parte os espetáculos no Largo Eng.º Duarte Pacheco, a Festa da Sardinha, a Festa do Frango da Guia e as Festas do Pescador, entre outras manifestações culturais, tem-se vindo a consolidar ao longo dos anos com forte impacto económico para artesãos e coletividades, assim como para os empresários da zona que acabam por beneficiar da afluência de visitantes ao local. Carlos Silva e Sousa destaca que esta é uma aposta ganha a médio e longo prazo porque contribui para projetar o nome de Albufeira, como um destino turístico que assume a sua responsabilidade a vários níveis, sem esquecer a importância do património cultural a nível material e imaterial. “Temos a enorme responsabilidade de proporcionar experiências memoráveis a quem nos visita, porque mais importante que captar novos clientes é fazer com que os que já cá estão fiquem com vontade de regressar”.